Vizis, temos recebido emails perguntando se temos alguma referência científica sobre "Sexo depois dos 60?"
Existem pesquisas bacanas sobre o assunto!
Aqui ficam alguns dos resultados obtidos no maior estudo realizado, sobre o comportamento sexual do idoso, nos Estados Unidos da América, publicado no The New England Journal of Medicine, onde foram entrevistados mais de 3.000 norte americanos, dos 57 aos 85 anos.
* Verificou-se que a maioria dos americanos continua sexualmente activa aos 60 anos e quase metade continua a ter sexo regularmente depois dos 70.
* Os problemas sexuais mais presentes foram a diminuição de desejo sexual, na mulher, e dificuldades de erecção, no homem.
* Constatou-se que, por diversas razões, as mulheres eram significativamente menos sexualmente activas que os homens depois dos 57 anos.
* Comparativamente com os homens de idades semelhantes, surgiram mais mulheres sem parceiro e com menos prazer sexual.
* Cerca de 84 por cento dos homens, entre os 57 e os 64 anos, relataram ter tido algum tipo de contacto sexual com outra pessoa, no ano anterior, em comparação com 62 por cento das mulheres na mesma faixa etária. Estes números diminuíram para 38 por cento e 17 por cento, respectivamente, em pessoas de com mais de 75 anos.
* Dos entrevistados com vida sexual activa, cerca de dois terços referiu ter relações sexuais pelo menos duas vezes por mês aos 70 anos, e mais da metade continuou nesse ritmo aos 80 anos.
* Quase metade das pessoas, sexualmente activas, relatou pelo menos um problema sexual. Cerca de 43 por cento das mulheres referiu sentir uma diminuição do desejo e 39 por cento secura vaginal. Nos homens as dificuldades de erecção são as mais presentes com cerca de 37 por cento dos casos. No entanto, apenas cerca de um terço dos homens e um quinto das mulheres, com mais de 50 anos, disse ter falado com o seu médico sobre as suas dificuldades sexuais.
Segundo Robert Butler, presidente do International Longevity Center, em Nova York, “Existe a ideia generalizada de que o sexo, de alguma forma, não ocorre nos últimos anos, e este estudo demonstra claramente que a actividade sexual, na realidade, não diminui assim tanto”. Como limitações, para o referido estudo, o mesmo autor acrescenta "As relações humanas, que são tão importantes, não foram envolvidas no estudo”.
*Adaptado do original de Benedict Carey.
Em breve postaremos pesquisa brasileira!
A função sexual envolve processos biológicos básicos que se iniciam com a concepção e prosseguem na maturidade. Recebe influências que variam de cultura para cultura de acordo com valores próprios, estereótipos de masculinidade e de feminilidade e tabus sobre comportamento sexual. Aspectos psicológicos e emocionais afetam de maneira acentuada o comportamento sexual.
CLIMATÉRIO e IMPOTÊNCIA
O climatério para algumas mulheres é um período de problemas psicológicos em que o fato de não poder mais gerar filhos propicia sentimento de desvalorização pessoal. Outras mulheres entretanto descobrem nesta fase uma nova liberdade. O homem não tem o problema da diminuição da fertilidade sendo bem conhecido homens que tiveram filhos com noventa anos de idade. Mas o homem pode experimentar crises emocionais que se refletem no seu vigor sexual. O homem idoso não perde a sua função sexual sendo um mito em nossa cultura o fato de a terceira idade ser assexuada.
Com o avanço da idade há uma tendência a diminuição da função sexual havendo uma queda na freqüência das relações sexuais. Após a menopausa a mulher pode apresentar problemas sexuais como a diminuição da libido, falta de orgasmo, diminuição da lubrificação da vagina e dor durante a relação sexual, distúrbios estes plenamente corrigidos com o uso de medicação apropriada (reposição hormonal). O homem pode apresentar impotência devida a problemas circulatórios e à diminuição da sensibilidade na região do pênis, mas na grande maioria das vezes a impotência se deve a fatores emocionais. A utilização de determinados medicamentos (antihipertensivos, tranqüilizantes, etc ) podem provocar a impotência no homem. O álcool e o fumo também podem diminuir a potência sexual.
Os aspectos psicológicos decorrentes de alguma doença formam a situação mais comum geradora de impotência. É a pessoa sabedora de ser portadora de diabetes, por ex., que passa a ter impotência unicamente devido a problemas emocionais. O sentir-se velho pode constituir por si só uma causa da impotência. Aqui deve ser destacada a depressão, a ansiedade e angustia.
A impotência atinge profundamente o homem gerando baixa autoestima e infelicidade.
Toda situação de impotência deve ser avaliada clinicamente, com destaque para aspectos circulatórios e urológicos. Os cuidados psicológicos são fundamentais e devem estar sempre presentes. O idoso em geral apresenta componente orgânico associado à psicológico. Recentemente surgiu um medicamento para uso oral, denominado "sildenafil", que é efetivo e bem tolerado no tratamento da impotência.
A atividade sexual permanece na terceira idade, havendo somente uma diminuição na sua freqüência. O sexo na terceira idade, alem da satisfação física, reafirma a identidade de cada parceiro, demonstrando que cada pessoa pode ser valiosa para a outra.
Junto ao sexo também estão valores muito importantes na terceira idade: a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho, o amor.
Tanto o homem como a mulher continuam a apreciar as relações sexuais durante a terceira idade. As alterações que ocorrem na mulher (como a secura da vagina, por ex ) ou no homem ( como a diminuição no tempo de ereção) ou a diminuição da fase de excitação para ambos, não são fatores que chegam a prejudicar o prazer sexual. A boa adaptação sexual é o principal fator que determina o prazer sexual.
A atividade sexual em qualquer idade é demonstração de um estado de boa saúde tanto física como mental.
Ps. Pessoal, temos recebido muitos emails com dicas e dúvidas, mas poucos comentários no Blog. Não se acanhem, comentem !E continuem enviando seu feedback é super importante para nós!
=)
Beijos e já sabem ....Chame!

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